Sem Palavras_Ressurreição Poética n° 16
Da Série: RESSURREIÇÃO POÉTICA
POESIAS ANTIGAS
[Veja a contextualização desta série na poesia n° 01]
SEM PALAVRAS
Todo o silêncio deixa as suas marcas
Ele não é apenas a rebeldia
Das nossas palavras
Rompendo suas travas
Em busca de sua alforria
Ele é um instante
Em que cada minuto
Diz algo importante
Grande ou diminuto
Onde na atmosfera do desejo
Uma inquietude se faz presente
Num sorriso, abraço, num beijo
Num atrito de um corpo ardente
Ele é um momento de meditação
Em que as palavras, meras expectadoras
Do ofício do silenciar, são apenas amadoras
É no vazio da voz,
Que se constrói
A mais perfeita comunicação
Todo o silêncio
É em si mesmo
Uma mensagem que se esconde
Algo que não sei mais por onde
Talvez nas entrelinhas de um diálogo
Ou de outro sorvedouro tão análogo
Todo o silêncio
É uma pausa, comunhão
Entre Deus e o homem
A criatura e o Criador
Um intervalo de reflexão
Para nossa tão inquieta alma
Na busca incessante da calma
Da desejada paz interior
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
30 de março de 1982
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