ALTOS POR BAIXOS
ALTOS POR BAIXOS
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Dias de chuva ou dias de sol
Com uma arma vai pra caça, ou vai pra pesca com um anzol;
Se concorda diz sim, e se discorda diz não.
Alimentos de quem a possui como um saboroso pão.
Uns acham algo como da sorte que desponta,
Perde-se algo por ruas das perdições.
Um somado volume no que a conta,
Daquilo que se perde na diminuição das subtrações.
Pesos que se pesam nas balanças,
Medidas complementadas com metros,
Líquidos a quantidades dos litros a trecos;
Sons com decibéis a limites que as dimensões distantes a alcança.
Itinerário seguindo frontal à frente de ida,
Ao lado retornando trás as boas novas como de boas-vindas.
No mais alto andor elevado ao topo,
No mais baixo por onde o fundo é um vazio a estar oco.
Do centro recheado a algo que incrementa seu núcleo central,
Das bordas sobre as coberturas que encobrem o propósito global;
Enfeites a decorar o ambiente natural ou artificial,
Lares desfeitos por troca inovando a renovação de um outro casal.
Do mais pobre ou a pessoa mais rica
Do pequeno ao pedaço que do maior tamanho a encolhe,
Do grande a elasticidade ao que mais se estica...
Do espalhado pelo que se largado recolhe.
Daquilo que queima por estar quente,
Ou daquilo que esfria ou refresca por estar frio;
Congelado do gelo estridente,
Fervendo do vapor a desfazer com o suado brio.
Salgado sal que do sabor a conserva,
Açúcar doce em uma vasilha de tampa dispersa;
Do tudo pra quem tem tudo,
Do nada a quem não tem nada.
De uma reserva posto a uma cisterna,
Calado não suscita qualquer conversa;
Silencioso de quem não fala por ser mudo,
Movimento a quem se move, inerte é pra quem fica parada.
Dias a dias da fêmea e do macho,
Penca, dúzia, quilo, litro ou cacho;
Das venda ou compra, a vista ou a prazo,
Dos acasos, causos, coisas ou casos.
Altos por baixos
Por intensidades ou interiorização dos fachos.