A busca
Me disseram que o mundo era azul
e eu procurei o azul nos meus olhos
Não vi o azul, não vi a semente plantada
só vi os meus olhos fechados
O medo me assalta e eu procuro o azul
no escuro do mundo que vejo
O medo me assombra e eu busco o azul
no mundo estranho que ouço
A boca ensaia um gesto sem graça...
Não há voz nos meus olhos
sem voz não me vejo, sem jeito me calo
e no azul não me acho
Num mundo em que o medo e o azul
me confundem e me calam
nele me acho sem graça
e sem graça me faço