Vontade Vã

Minha vontade, vã, ensaio em palavras

e sinto-me bem, distorcendo-as.

Mas minha vontade mesmo, é equilibrá-las,

nas métricas e rimas que arremeto-me,

quando minha caneta, já quase falha,

obriga teus olhos azuis a darem razão

ao meu texto, ao meu fogo de palha.

Minha vontade, vã,

é tudo aquilo que se escreve e não se aproveita.

São os gemidos em " DÓ MAIOR " da mulher que se deita.

A mulher vã, é você ,

que permite que eu a distancie da felicidade

vomitando prazeres e renites em tua pseudo sagacidade.

Ao travesseiro, minha vontade é vã

e teu afã é o meu dinheiro.

Meu troféu é o seu gemido

e o seu, minha camisinha no lixo do banheiro.

E meus trocados na loja

mal-cheirando esperma, te enoja.

Mas abriga a teu corpo, a cinta-liga,

que decora tua perna.

Ao final, somos falsos e palermas

e o que se espera, é outra noite de paquera.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 26/03/2018
Reeditado em 26/03/2018
Código do texto: T6290902
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.