Tênis
Vivendo a vida no " quase ".
lutando para não deixar ruir a base.
vou fazendo minha parte:
Tornando arte a má sorte
e bebendo coragem prá ficar forte.
A vacina do bem nas veias faz desaparecer
o gás letal do mal
que secam idéias ao entardecer
e torna o sonho, banal.
Igual aranha tece a teia
sozinho, a vida, minha mão tateia.
desce em nós, vez em quando, um Deus qualquer que odeia
o plágio da felicidade
este inteiro que é meia.
Qual fênix alça voo do impossível
um míssil apontado para meu peito
faz meu tênis correr rápido e indefectível
rumo ao "não" do mundo e dizer "sim", que aceito:
Que aceito ser feliz à qualquer preço.
rico, pobre, preto, branco ou mesmo sem "hidro" no leito.
Que aceito as coisas como são.
Que aceito toda inveja do meu coração
e o desejo de não ser só mais um na multidão.