Tênis

Vivendo a vida no " quase ".

lutando para não deixar ruir a base.

vou fazendo minha parte:

Tornando arte a má sorte

e bebendo coragem prá ficar forte.

A vacina do bem nas veias faz desaparecer

o gás letal do mal

que secam idéias ao entardecer

e torna o sonho, banal.

Igual aranha tece a teia

sozinho, a vida, minha mão tateia.

desce em nós, vez em quando, um Deus qualquer que odeia

o plágio da felicidade

este inteiro que é meia.

Qual fênix alça voo do impossível

um míssil apontado para meu peito

faz meu tênis correr rápido e indefectível

rumo ao "não" do mundo e dizer "sim", que aceito:

Que aceito ser feliz à qualquer preço.

rico, pobre, preto, branco ou mesmo sem "hidro" no leito.

Que aceito as coisas como são.

Que aceito toda inveja do meu coração

e o desejo de não ser mais um na multidão.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 06/03/2018
Código do texto: T6272238
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