Ariano

estou só e não sintas pena de mim

por destino, sou assim.

será para sempre e a culpa é de quem??

as estrelas cintilam o filme belo da vida

e nós, contrastes suicidas,

tão distantes, além.

o que passou, passou

não vale a pena lembrar

o que magoou, magoou

não vale a pena chorar

buscar lugar ao sol

como aurora luta por arrebol

abrir as janelas do peito,

deixar a brisa invadir

afiar a faca do meu jeito

meu destino esculpir.

o que passou, passou

não deixe a testa franzir

o que magoou, magoou

é olhar para trás e cuspir.

estou só e que o turista em mim

em meu estado vespertino

não mostre aos olhos alheios o início do fim

de meus loucos desatinos em copos cheios.

o que passou, passou

não vale a pena guardar

o que magoou, magoou

vamos queimar.

sem passado, nem futuro

só presente e barbáries pichadas no muro

à toda imprensa, dar o "furo"

e ser ariano, para iluminar o escuro.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 19/02/2018
Código do texto: T6258237
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.