RELÂMPAGO
RELÂMPAGO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Raios que racham o céu com um rápido riscado as cores,
Partindo o céu celeste as nuvens de um espaço infindável nas relevâncias,
Aos corações dos platônicos desamores, que causam dores;
Ou pelos correspondidos amores que encurtam as distâncias,
Enviados pelos cumes altos das inebriadas saudades das significâncias,
Das vidas de cada ser por todos os cantos e lados a todos sinais indicadores.
Repartem os êxtases de um estrondada alegria,
Que dilaceram os aparos dos pulos das harmonias.
Partem os peitos dos que padecem das isoladas ilusões,
Partem os que partem pelas desesperadas despedidas;
Das portas fechadas por fachadas resultadas das indevidas decepções.
Das moendas as partes inteiras a transformar em partículas moídas.
Partem os números detalhados como de um a cem,
Das preces que para os finais recitam creditados “amém”,
Das viagens distantes as imagens das saudades esculpidas,
Lágrimas diversas dos locais das esperadas luzes desprovidas,
Pelas pessoas que pra qualquer um dia foram, ou mesmo vem;
Dos tempos dos retornos plausíveis das longas partidas.
Vento forte no torrencial da chuva que a tudo inunda,
Do sofrimento latente a bonança formal com precedentes,
Pelo sabor doce do açúcar por um grande de compartimento a visão funda,
Daquilo que boia sobre as águas ou que de pesado a algo afunda.
Do sabor acirrado de uma porção de sal condescendentes,
As imagens presas estando soltas das amarras das lacunas das correntes.
Naquilo que os riscos no céu a que cada visão mediante a imensidão aprofunda.
Das nascentes dos rios a desembocar nas traseiras dos poentes,
Pelo inesperado a acarretar inexplicável como de acidente,
Das marcas emplacadas das lamas a sujar algo congruente,
Enchentes espelhos de uma maior fúria oriunda,
Dos montes que elevam o solo a uma montanha corcunda.
Olhar relâmpago para as pessoas que passam,
Tráfegos que seguem as sinalizações que as éticas ambulantes a algo perpassam,
Na pressa que toda afobação sobre a imprudência ultrapassa,
Tempo ao relâmpago no que sempre acontece,
Das guardadas lembranças que nunca ninguém a esquece;
Das teias que como residência uma esculpidora tece.
Pensamento relâmpago instituído ao rápido raciocínio,
Tratamento relâmpago sobre os preços altos ou mínimos,
Sonhos relâmpagos dos desesperos sentidos nos pesadelos,
A alegria imensa pelo expresso tempo de uma relíquia a retê-lo.
Do couro cabeludo ou de uma pelagem como de alguns pelos;
Por todas as subidas vulneráveis a intransigentes declínios.
Por onde o infinito risca com um riscado de um raio com o trovão,
E pelo céu que finca no firmamento com um barulho de explosão,
As nuvens escuras a estampar os ares nos maus tempos,
Chuvaradas dos relâmpagos e trovoadas a todo momento;
A surgir do nada pelos campos dos abandonados relentos,
Como uma rápida e altaneira aparição de um de repente advento.
A assustar com o seu estrondoso estouro, a um barulho de explosão,
Do céu um raio desce pra despejar toda a sua energia por todo esparramado chão.