A PARTIDA
A PARTIDA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
As lágrimas caíram despencadas a léu por moderação,
As ruas largadas perpetuam neblinas pelos caminhos,
Esquecidas nos mofos das pontes que servem como ninhos,
Testemunhas das crueldades feitas pelas diversas violações.
Contentadas em reter as ausências de aconchegantes carinhos,
Apelando pelas madrugadas às visíveis e improváveis renegações,
Pelos sofrimentos estigmatizados com marcas das agoniadas ilusões,
Destemperos sinuosos das lamentações, as despedidas em pergaminhos.
Ocultamente, por cada passagem desembocam rios de desesperos,
Nas noites frias, deparadas com os abandonos tristonhos a mediantes,
Perdendo o sentido ou razões das solidões por diversos sonhos obscuros.
E nem em um instante declara a consolação por seus longos apelos,
Implorações que carecem pedidos por voltas a lugares distantes,
Na difícil conformação das partidas que carregam apuros à desolação.