FILOSOFEIRO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Pensa que sabe de alguma coisa sobre política discutindo em voz alta sempre quando houve algo a respeito,

Do futebol quase provoca uma briga por ver um péssimo jogador a nenhum defeito.

Sua palavra vale muito pelo estado que está algo liquefeito,

Do nada cria fantasmas fictícios como de algo que precisa ser feito.

Sua religião é a mais certa a indicar adiante como que só a dele mereça respeito,

Das sanções que surgem a âmagos que envolvem os pleitos,

Nos saneamentos que são as seguranças de muitos leitos,

A enfermidades que de abandonos emergem as faltas dos mais leitos.

Daquilo que lhe faça mal de nada surgem despeitos,

Da força daquele tatuado que marca a sua rebeldia marcando geralmente ou todo corpo, ou só o peito,

Pelas criações dos nomes exóticos como de exemplificação de Kleiton,

As ruas que afinam nas construções pelos caminhos estreitos.

Do vigia que vá confundir com um porteiro,

Das músicas violadas pelos violeiros,

Pela madrugada dos fanáticos boêmios seresteiros,

A papear nas noites a luzes naturais dos candeeiros.

No assunto das plantinhas que são cultivadas pelos canteiros,

Pelas mensagens das cartas que chegam pelos correios,

A que engloba as viagens, perambulações ou passeios,

Da sirene que toca nas repartições pra anunciar a hora do recreio.

Religião que se cria na mercê de cada interpretado conceito,

Na leitura de cada conjugação na pronúncia de cada direito;

Da sobra de quem se saciou naquilo de prazeroso de algo que foi aceito,

Evitando um ao outro por motivos dos linguajares de preconceitos.

Ouvindo os outros compreendendo aquilo que é pra ser aceito,

Imaginando ser a mais sobre muitos dos preceitos,

Falando continuamente como só sua fala de sumo proveito,

Do ser errado até a acertado que deva ser refeito.

A falar de política como de entendido a respeito,

Religião segue como este nada tenha feito,

Futebol é sua praia só vendo seu time como perfeito,

De nada encontra nele de um propicio defeito.

De cada conversação insiste a este de ser como de entendido farofeiro.