Pobres árvores...
Pobres árvores...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 20/outubro/2017 – 10h: 33min
Creio que talvez não seja só nas calçadas da minha cidade,
Triste pensar numa constatação mais perversa do que esta,
O negligenciar completo de seus moradores contra o verde,
Contudo a realidade palpável não nos esconde a cruel verdade;
Raras as que habitam 'nestas', as plantadas árvores amigas,
"Aquelas' que produzem e ofertam o frescor da sua sombra,
Já estão, pois com a idade avançada e de certo esquecidas,
Ninguém quer mais 'apreciá-las', nem suas flores, mas as buscam;
Desde que me 'conheço' por gente isto se faz fato notório,
Um grande descaso, uma implicância ferrenha e bem desleal,
Quase a se soltar rojões quando o plantio 'd’alguma' ocorre,
Há sim o desejo desenfreado em cortá-las, ceifa-las pela raiz;
No caminho deste contrassenso é visível o desprezo oferecido,
A urbanização cada vez mais cinza e a ferro, desumanizada segue,
Não havendo mais espaço para a essência da vida, o 'pulmão' verde,
Mesmo assim caminha-se feliz para o abismo sem volta e consciente;
Onde 'andará' a lógica, a tal preservação e o entendimento coerente?
Por que se aprendeu a ter medo da natureza ao invés de reverenciá-la?
Inverteu-se o valor, o êxtase humano é arrancar, não dar vida a vida,
Prefere-se morrer pela ignorância, do que ser agraciado pelo verde.