CARIOCA

CARIOCA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Do índio tupiniquim a construir a sua oca,

Valer ao que nada vale a provocar uma negociável troca;

Resplandecente nas ondas das praias como de celestial indulgências das pororocas.

Sensatez quando as carícias a algo de carinho um ao outro a toca.

Pilão e maxicador da erva inteira a que se soca...

Reto a curva da que se volta ou entorta,

Promissora a semente germinante que esbanjando vida e a brota,

Direito a quem difere de alguma disputada cota.

Beleza a escultura de quem tudo mostra,

Gentílico dos termos das prateleiras daquilo que estoca,

Quem tem tudo ou do nada e diverte em apostas,

Assuntos pra quem gosta de uma noticiada fofoca.

Pela frente das fraquezas, ou das traições que afetam profundamente pelas costas.

Supra sumos dos casais pelos postais pelas incitantes encostas,

Resoluções ações que vivem das imprevisíveis propostas,

Consequências daquelas que pagam pelas indiscutíveis respostas.

Pelos voos rasantes das radiantes gaivotas,

Valores a saudar as barganhas transpassadas a várias notas,

Pousos a revoar os muros e morros das argilas que produzem as lajotas,

Resumo desta terra fecundada a transitar das muitas minhocas.

Em assuntos oriundos as várias questionáveis respostas,

Vinda das iniciações extraídas das relações de que a tudo se gosta,

Frontal atirado no golpe a subida pelas encostas,

Aproximação a relação aquilo que sempre se gosta.

Solução comprimida a capacidade a que se comporta,

Quem escreve e declama algo de maravilhoso que a posta.

Bom gosto delicioso estendido ao cheiro de cada posta,

Penetrando pelo encaixe a algo que se enrosca.

Música latente que as expressões a algo toca,

Carijó ou acará do que sobressai a um carioca,

Tarraxas parafusadas a diversas porcas,

Por um rio, desembocadura de orgulho a alegria de uma feliz foca.

Pepino, menino, tapioca ou pipoca,

Garoupa, xerne, papa-terra ou cocoroca,

Mluquices ou doideiras a quem possa estar piroca,

Índios que vivem nas suas ocas.

Beijos denominados como de apaixonadas bitocas...

Gentílico eterno ao que somos, ilustres cariocas.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 29/09/2017
Reeditado em 26/02/2021
Código do texto: T6128571
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