Palavras...

Palavras...

Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®

Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®

Concebida em: Piracicaba, 03/setembro/2017 – 11h: 32min

Arranho na pele se superficial preciso for,

Corto na carne de modo que se faz sangrar,

Firo, pois n’alma e não deixo que se cicatrize,

Pensar-se-á que sou feita de afiado metal,

Até poderia, mas creia sou mais letal;

Quem sabe até feita como mero papel,

Sou no fundo ora bem generosa e flexível,

N’outras sou rígida, quase cruel e inflexível,

Creia todos me conhecem e me dão o viver,

Contudo não sou palpável a nenhuma mão;

Sou ‘visível’ e ‘sentida’ só depois de ‘liberta’,

Quando me fazem chegar à folha ou ouvidos,

Posso me manifestar com a devida calma,

Por vezes com incontrolável raiva expressa,

Pela saudade, na solidão, na alegria e na dor;

Sou bem forte, mas posso ser fraca e sensível,

Até se assim quiserem arrogante e irônica,

De certo tenho a energia do poder conciliador,

Posso ser impiedosa inquisidora, ‘cega’ lâmina,

Compreenda, fazem-me incitadora ou abençoada;

‘Carrego’ comigo quando posso o som da harmonia,

A ‘voz’ da desavença explicita, presente nas atitudes,

‘Produzo’ em contra gosto a evidente fala da discórdia,

Porém nada sou a quem me usa se não me der à vida,

Caberá a presença ou a ausência da consciência e do discernimento;

O sofrer muitas vezes da falta corriqueira ‘d’ambas’,

Serei sempre que se permita o espelho d’alguém pelo bem,

Ou a desgraça feita comum pela arrogância d’um,

Nem sempre serei o que espero ser, palavras que salvam,

Hoje tristemente mal usada por lábios dissimulados.

CeGaToSí
Enviado por CeGaToSí em 04/09/2017
Código do texto: T6104579
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