FILOSOFÓSFORO
FILOSOFÓSFORO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Fogo, pra mim te acender eu tenho que me queimar,
Parte de um estopim a que tem de chamas pra inflamar,
Do amor ao primeiro toque até onde possa se tocar,
Partes proibidas de que a timidez faz a evitar.
Daquilo que presta ou não presta pra se incinerar,
Iluminações que estão para a escuridão a clarear,
Do cozimento do almoço ao que sobra para o jantar,
Dos quatro elementos este é um a quentura de que está a se destacar.
Fogo dos fogaréus ou das fogueiras que do frio vem a esquentar,
Da fumaça esparsa a que de longe faz o perigo a avisar,
Das folhas secas, papéis ou lixo estando por se juntar,
Do sol a sua alta temperatura que faz qualquer corpo suar.
Das águas inimigas que servem pra que de enfim possa apagar,
Daquilo que esta pra se ferver pra depois deliciosamente se tomar,
Na mesa de uma família exposta nas responsabilidade de um lar,
Pelos vícios que dos bêbados é atendido em um balcão de um bar.
Do que está perdido no que se tem de surpreendente a se achar,
Do que tiver pra se esconder ou desperdiçar no que fora for jogar,
Dos jogos de azar ou sorte pelos prêmios de que serve a se ganhar,
Uma opção de que põem a fogo daquilo que é pra se apostar.
Fortunas pela ganância ou ambição a ter que conquistar,
Dos larápios que vivem do que se tem pra se roubar,
Honestos que de sua lealdade faz uma abdicação pra se respeitar,
Dos que tem tudo ou dos que nada tem para guardar ou usar.
Do fogo a aquilo que está pra se queimar,
Pólvora faz dos fósforos pavios pra a algo seco incendiar,
Pra mim te acender eu tenho a minha cabeça pra se torrar,
Das cinzas que das labaredas a algo venha se transformar.
Fogo, que das chamas a algo de bom ou de ruim vem a se inflamar,
Nas fumaças a aquilo que da chama faz de um corpo a esquentar.
No orgasmo até tudo que estiver pra destruir, ou do pavio começar.