MORTO-VIVO
Aqui jaz,
no sarcófago pulsante,
o jovem errante
domador de sorrisos.
Olhos imprecisos
miram belezas,
luzes donzelas
no fosco da dor.
Não há maior horror
do que morrer
antes de atravessar
à outra margem:
Viver feito
tudo que antes havia
no peito
fosse apenas
miragem.
(in SUBLIMAÇÃO, Mottironi Editore, 2016, p. 48)