Matei o tempo para você
Matei o tempo para você
Fiapos inundam o céu turvo
Ameaçam palmo a palmo
a predominante fumaça
Lento, insinuam possuir vontade
Fingem descer, ameaçam subir.
Leve, pousam,
São tantos carros e acasos!
Meus Deus, só eu vejo os Fiapos?
O asfalto é tomado, maciez indesejada
Pisam sobre os fiapos.
O sol virtuoso, fraqueja pálido
De onde vem fiapos?
Meus óculos estão manchados
Fixo ao nódulo encrostado
Sonho com mandalas!
A mortalha do tempo se rasga
Com a explosão dos dias
Fiapos anunciam a morte do Tempo.
O tempo passa a ser comigo um só,
A mancha dos meus óculos.