SONHO DE UMA VALSA
SONHO DE UMA VALSA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Nós dois salientes circulavouteávamos as obras primas dos seus aparatos,
Num salão nobre cheios de espaços,
Fazíamos o nosso libreto num arbítrio dançante desgovernado.
Da Viena, Atenas, antenas ou obscena dos inchaços.
E dançávamos, dançávamos danças de um conjunto a regato.
Por estes momentos a grandiosa riqueza que passam,
Aos talentos a cautela dos ritmos passo a passo.
No relógio que marca as horas pelas noites a confraternizações dos abraços,
Esgotando todas as pretensões de uma cadencia peregrina,
Que cabe a sequência de um trocar de copo, ou puxar um maço.
As virgens que conservam os seus cabaços,
Dimensões solenes as esculpidas sobre as formas dos aços,
Moderados corpos requebrando e espelhando no modelo de cada traço.
Das ressacas que consomem os corpos pelos espaços,
Pelos pisadas dos paços por lugares escassos,
Olhares distantes a dimensão das pretensões dos sonhos devassos.
Léguas sobre léguas que levam as cadências dos compassos,
Dançávamos, e dançávamos a cada passo,
Das fitas que abraçam os ideais como laços.
Música a dentro até os começos dos mormaços,
Das levas a insinuar as fábulas por cada traços,
Transformado em uma valsa a qualquer braço.
No ritmo de uma música a qualquer espaço,
Trancafiados como casais apertados como algum maço,
Seguem os casais abrasados por musicais perfis de amasso.
Aos sonho de uma valsa a qualquer cadarço.