LIVRE PARA VOAR!
Quando tiver asas...
Voarei sobre os oceanos,
Assentar-me-ei nas areias das praias;
Farei castelos...
Que serão desmanchados,
Pelas belas e refrescantes ondas.
Meditarei no mundo marinho e na Yara;
Então chorarei uma gota de lágrima azul,
Para acrescentar-se com a imensidão salgada!
Quando tiver asas...
Visitarei todas as florestas,
Sentar-me-ei à frente delas;
Escutarei o “choro” dos pássaros...
O “lamentar” dos bichos!
Verei o sangue verde derramado,
Sobre a terra quase nua;
E chorarei uma lágrima verde,
Para regar a folha manchada!
Quando tiver asas...
Sobrevoarei os desertos,
Verei os escorpiões e os camelos,
Lutando pela sobrevivência;
Entre dunas em altos graus centígrados,
A procura de um oásis!
Então soltarei uma lágrima vermelha,
Metamorfoseada em fogo;
Que secará com rapidez!
Quando tiver asas...
Ah! Quando tiver asas;
Irei até a Antártida,
Chorar gelado juntamente com as focas,
Leões marinhos e pássaros do gelo!
E num ímpeto subirei,
Com o peito aberto,
Na mais alta montanha;
Soltarei uma lágrima gelada no mundo!
Quando tiver asas...
Voarei livre pelo espaço infinito,
E tudo que tiver guardado;
Elevarei em pensamento,
As lágrimas do coração...
Que nunca descerão!
Simplesmente subirão em cores aos céus;
Apresentar-se em queixas...
Diante de nosso Deus!
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
27/02/2008
Loanda – Paraná