POR UM CADERNO

POR UM CADERNO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Em meu caderno faço o meu trabalho de casa,

Escrevo cartas missivas pra todos os lados Plazas,

Desenho e redesenho sonhos feitos pássaros as suas asas,

Destrambelhos servem as pessoas que sempre ou as vezes se atrasam.

Transmitindo coragem ou as vezes bobagens,

Recados enviados a sucumbidas mensagens,

Olhos fechados seguem as muitas viagens,

Por números que somam as suas contagens.

Escrevo cartas a minha namorada,

Preço das mercadorias que chegam a estar marcadas,

Oportunidades de quem espera por uma bocada,

Com versos a ela minha frívola apaixonada.

Linhas as muitas inteligências,

Garranchos manchados pelas burrices,

Bobagens, bagagens ou tolices,

Por algo que se apressa por alguma emergência.

Do se passar depois a limpo,

Com a bondosa paciência,

Preciosidades que esperam por seus garimpos,

A beleza que almeja luz por sua suma paciência.

Retratos pelas fábulas as custas do saber,

Figuras que figuram diante das lógicas,

Métodos daquilo que for pra aprender,

Expressão que exprime alguma coisa metodológica.

Por onde quer que se vá,

Numa mochila, pasta ou debaixo do braço ele estará,

A alfabetizar, educar ou encaminhar,

Anotando as explicações que alguém de mestre me ensinar.

Pelas folhas que se vai desfolhando,

Pronuncias ou traduções encenando,

Das tintas que se vão manchando,

Pelas páginas que se vão passando.

Pelo que se lê, vê ou relê,

Derivações daquelas que ainda vão a acontecer,

Dias que estão por seu único amanhecer,

Letras que estão por se reconhecer.

Daquele que está por favor lecionando,

Desde a primeira página pelo caderno que está se abrindo,

Ensinamentos a aqueles de quem está raciocinando,

Pelo prazer de escrever por quando se abre este caderno sorrindo.

Versos que se escreve daqueles dos mais lindos.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 17/04/2017
Reeditado em 18/04/2017
Código do texto: T5973276
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