POR EM TÉSE
POR EM TÉSE
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Não sei por onde ando,
Não sei por onde corro,
Promete alguma chuva,
Na falta de tudo ao que fará de algo que se bebe, come ou mesmo se usa.
Não sei pelo que espero,
Não sei pra onde vou,
Não sei de onde venho,
E nem pra onde vou.
Não sei se chove
Ou neste tempo possa haver alguma melhora,
Pelo que importa,
Pode molhar mesmo ou secar,
A todos, de roupas da moda, ou da roda,
Descamisados, descompromissados, mendigos,
Ou a qualquer um que esteja ele a usar uma esmola, escola,
Posts, tatuagens, piercing, ou espora.
Pulseira, cordão, relógios, brinco, bracelete ou argola.
Marca passos, muletas, próteses ou algo que sirva de escora.
No agora, que esfola, que desenrola, embola, que revigora, a cada instante, a toda hora.
Pela sorte ao que pela frente algo se encontra ou acha,
Ou pelo azar a amaldiçoar algo em que possa ter perdido.
Da ética e responsabilidade de um cidadão comum,
Ou do descumprimento do fora da lei conhecido como bandido.
Seguro por algo que se tem pra se confiar,
Ou pelo medo ou pavor por quem possa estar em perigo.
Não sei se alguém passa,
Não sei se pela pressa a tudo ultrapasso...
Não sei se pelo barulho falo
Ou mesmo pelo silêncio me calo.
Não sei ao que olho e porque olho,
Não sei se pelo aguardo de algo, espero,
Não sei nem pra onde vou,
Não sei na verdade o que realmente quero.
Não sei o que ouço
Não sei o que grito
E se ao caso chover ou fazer sol onde é que eu fico.
Pela reflexão de uma predestinada premeditação,
Que conduz os rumos dos pobres ou dos ricos,
Dos tranquilos ou dos aflitos,
Das calmarias ou dos atritos,
Numa confrontação das situações que ocasionam por seus ritos,
Instrumentos das associações ou separadamente como algo restrito,
Por em tese,
E Por resignação em cada ciclo.