POR TUDO OU NADA
POR TUDO OU NADA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Por tudo que se tem ou do que se possa ter,
Suporta o risco de se conseguir ou perder por uma qualquer palavra.
No abrir ou no fechar a uma determinante trava,
Que usa-se de uma pontiaguda e forte clava.
Por ter muitas mulheres ou não ter nenhuma,
Por ter muito dinheiro pelos gastos daquilo que serve de alguma suma.
Pra se ter ou possuir algo deste mundo quase inteiro,
Ou pra ficar sem nenhuma coisa alguma.
Será que vale apena arriscar!
Vale pelo que se tem a sonhar.
Por onde vem o poder de se ter tudo,
Ou mesmo do não se ter nada.
O poder perder ou poder ganhar.
Farta comida a ponto de deliberadamente engordar,
Muitos amores, amigos e pertences,
De não ter por onde, guardar, esconder ou gastar.
Muitos planos e muitos desejos,
Muitos sonhos e muitos preceitos.
Muitas realizações com muitas comemorações,
Talvez muitas ilusões que trazem as decepções.
Pra quem sabe...
Quem taca fogo também pode se queimar,
E porque não aventurar?
Vale à pena arriscar.
Muita bebida pra se embebedar,
Guloseimas pra se lambuzar.
Gritos pra todos escutar,
Propagandas pra que tudo possa se comprar.
No que com isso virá à loucura,
Pelo ponto de alguém endoidar.
Pra que pelo tudo esta exuberância tenha que se fartar.
Ou poderá dar em nada,
Por uma infinita decisão alada.
Perder ou ganhar.
Ou se ter tudo ou não se ter nada.
Magias a espera de quem quer ter a sua predestinada fada.
Pelo tudo ou pelo nada.
Pelo que se possa apostar
Neste jogo deste tudo ou nada.