PRODUÇÃO DE SENTIDOS/HISTORICIDADE PESSOAL
Nego Bastião era menino franzino,
sorria, chorava, andava, corria, brincava,
como todos.
Mas ouvia vozes...
Eram setas/vozes da fome, pobreza, violência no lar,
na cidade, no estado, do mundo. Negligências.
As setas diziam coisas, e ele acreditou,
Elas penetraram em seu sentido, distorceu.
E Bastião se perdeu.
Cresceu e se violentou, tornou-se bandido, roubou.
Novas setas agora o atingiam, setas de acusação.
Setas assassinas que jogaram seu corpo de volta ao chão.