As seleções do tempo.
No momento que a luz dos olhos teus se apaga
E se lembra de toda uma vida que se passou
Todos os erros por ti cometidos
Todos os acertos feitos pelo amor.
Não se sabe ao certo porque aqui viemos
Não se vê motivos para tantos riscos corremos
Mas se sente que se tem que ir em frente
E que de alguma valia tem essa confusão da mente.
Porque tanto aperto no peito?
Se parece se ter tudo para o melhor viver?
Persiste então a procura por algo que não entendemos
Mas que somos levados mesmo assim a crer.
Esse nó que não se desfaz
A vontade de sempre querer mais
Se é vaidade ou ambição necessária
Só se espera que a coragem não seja falha.
Vem então a morte dos que amamos
E a distância dos que por amizade ou amor conquistamos
Para misturar com a busca do que não é palpável mas é sentido
Deixando a dúvida se é aflição, flagelo ou espaço aqui dentro reduzido.
Só se espera fazer a possível melhor escolha
Considerando que o temor do fracasso não me encolha
Tantas coisas ainda que estão por vir
Que só seguro para a ansiedade não se entrevir.