E para dizer que não falei das flores
Falo antes, da poesia!
Não escrevo para ser aceita
Não escrevo para ser bonito
Escrevo porque sinto,
e sinto tanto...
Tudo!
Meu universo inviolado
Preservado
Cheio dos meus " eus" ambivalentes
Mal resolvidos; quem poderá dizer?
Oscilantes de mar
Ventanias
Rosas e paixão...
Sim;
paixão!
Pelas flores que não semeei
Pelos amores que não vivi
( E pelos que ousei viver!)
Em mim, a poesia não tem rédeas
Galopa livre por universos inalcançáveis
e pousam onde querem,
quando querem...
Nem sempre é benquista
Nem sempre é percebida
Mas é tudo o que tenho, ainda
Poesia...
Onde ainda me permito viver.
...E talvez eu fale das flores.
Mas nas entrelinhas do poema.