Espelho, espelho meu
Diga-me querido
Quem sou eu?
Já não me reconheço
O rosto que vejo em ti
Não é o que lembro de mim...

Há uma neblina sobre meus olhos.
Um ar de solidão, que tenta, em vão
se esconder__Disfarçar,
Mas está lá, eu posso ver!

Minha boca já não sorri como antes
Exita, como se motivos não tivesse.
E há?
Não sei, espelho!
Diga-me você
Há?

Esta mulher que hoje sou
Parece uma sombra do que fui...
A única coisa que não mudou foi a poesia.

Minha alma que através dela flui.
Mas meus versos são amargos__Acho-os
tolos e repetitivos, mas ainda vislumbro neles,
uma certa euforia...
Esperança? Talvez!
Por isso, quem sabe,
ainda me atenho à eles.

Espelho espelho meu.
Se não sabes quem eu sou.
Muito menos o sei eu...


 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 02/12/2016
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