Eu tenho a 'força'...
Eu tenho a ‘força’...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 10/outubro/2016 – 19h: 34min
Não espere
Um efeito letárgico,
Até me cabe,
Mas não aceito;
Sou pur’ação,
Completa emoção,
‘Feita’ de sentimentos,
Energia ‘viva’;
Faço-me...
Cor e prazer,
Razão e sensação,
Êxtase e frenesi;
Delírios ou realidade,
Fantasia ou dor,
Salvo conduto,
Saudade d’outrora;
Passado distante,
Atitude presente,
Tempo ausente,
Amor delirante;
Sou como vinho,
‘Trago’ e ‘retiro’
Dos olhos, alegria,
Do peito, solidão;
‘Encanto’,
‘Envaideço’,
‘Eternizo’,
Se precisar difamo;
‘Contenho’,
Dou ênfase,
‘Apaziguo’,
Se precisar ‘afogo’;
Clamo se precisar,
Por vingança,
Por justiça,
Por benevolência;
‘Domino’ as palavras,
‘Liberto’ das dores,
Talvez a ‘força’ da vida,
Expresso a perda;
Sou ‘serena’,
Sou ‘paciente’,
Sou ‘arredia’,
Sou ‘agonia’;
Posso ser tudo,
Posso ser nada,
Sou indefesa,
Sou maligna;
Sou terna,
Sou ‘meiga’,
Sou sincera,
Sou vil;
Cabe-me a mentira,
Também a verdade,
A dúvida que cessa,
A mágoa que ressente;
Assim sou alva,
Antes de tudo pureza,
Posso ser ‘ferida’,
De certo também ferir;
Dependo apenas,
Da coragem,
Do rancor,
Do amor;
Posso ‘sangrar’,
Posso salvar,
Ser prazer ou ódio,
Sublime gostar;
Se usada para o bem
Faço, pois sorrir,
Se mal interpretada,
‘agrido’ com lágrimas;
Apesar de tudo,
Sou inerte,
Quase transparente,
Às vezes displicente;
‘Atuo’ como principal,
‘Atuo’ como coadjuvante,
Para o bem ou para o mal,
Dependerá da mão que me usa;
Caberá haver dignidade,
Quem sabe falta de caráter,
O respeito à vida,
Pode também o desprezo ‘desta’;
Posso trazer boas novas,
Um bilhete de suicídio,
Um convite festivo,
Uma condolência;
Mas reafirmo,
Eu sou inerte,
Imparcial,
O pêndulo da balança;
Mensageira leal,
Notícia verídica,
‘Falsa’ verdade,
Início de paz ou guerra;
Sou tudo,
Sou nada,
Sou a mão,
Sou a ‘condução’;
Sou a folha em branco,
Idealizadora do sucesso,
Testemunha do fracasso,
A última depois da morte;
Sou as decisões,
As ordens fiéis,
O firmar da corrupção,
A prova da absolvição;
Ordeno,
Desoriento,
Fomento,
Provento;
Ordem,
Caos,
Nau,
Fim;
Sou prosa,
Sou verso,
Sou rima,
Sou ‘livre’;
Sou conto,
Sou crônica,
Sou poema,
Sou poesia;
Sou a consciência,
Sou a guilhotina,
O começo e fim de tudo,
Folha de papel.