REFÚGIO
Novamente volto à cabana
O local na praia
Onde me refugio
Diante do Criador
Olho para o mar
E vejo como as ondas pululam
E diante de tanta agilidade
Vejo um festival de champanha
Continuo olhando para a amplidão
E sinto a brisa acariciando minha face
Que belo chamego
Até minha alma suspira
Hoje a chuva deu lugar ao sol
Que parecia bem tímido
O azul da abóboda celeste
Com sua camada de algodão
Começo a perscrutar
E me vejo obrigado
Diante de tanto encantamento
Tributar louvores ao Criador
Ainda diante do Redentor
Vejo como sou pequenino
Observo como tenho sido falho
E agora rendo súplicas a ELE
Estar na cabana
É como se estivesse no divã de Deus
Onde lanço sobre o Divino
Todas as minhas debilidades
Quando menos se espera
O tempo passa
A terapia acaba
Despeço-me da cabana e vou embora.