QUANTO MAIS EU ESCREVO POESIA

Thiago Alves

Eu nasci entre o amor e a poesia

Me criei consumindo esse alimento

O meu pão já continha esse fermento

Eu cresci no calor dessa energia

Quando aprendi ler mamãe dizia

Que na rima há segredos como o mar

Certamente eu iria navegar

Hoje eu já mergulhei na profecia

Quanto mais eu escrevo poesia

Mais a fonte não para de jorrar.

Quando brilha o sol do pensamento

Evapora o orvalho matutino

De qualquer texto escrito eu faço um hino

E a métrica é o grande mandamento

Mais um verso se põe no firmamento

Como nuvem de chuva ao trovejar

Corre um rio caudaloso até o mar

Um poema navega em fantasia

Quanto mais eu escrevo poesia

Mais a fonte não para de jorrar.

Quando vem um mau tempo a maresia

Que a vida nos traz num sofrimento

Quando o barco da vida num momento

Tem a vela rasgada em avaria

Tomo o leme dum verso e há calmaria

Sopra a brisa dum poema em meu pensar

Entre um mote e uma glosa o limiar

Vem a rima com grande fantasia

Quanto mais eu escrevo poesia

Mais a fonte não para de jorrar.

A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 26/05/2016
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