QUANTO MAIS EU ESCREVO POESIA
Thiago Alves
Eu nasci entre o amor e a poesia
Me criei consumindo esse alimento
O meu pão já continha esse fermento
Eu cresci no calor dessa energia
Quando aprendi ler mamãe dizia
Que na rima há segredos como o mar
Certamente eu iria navegar
Hoje eu já mergulhei na profecia
Quanto mais eu escrevo poesia
Mais a fonte não para de jorrar.
Quando brilha o sol do pensamento
Evapora o orvalho matutino
De qualquer texto escrito eu faço um hino
E a métrica é o grande mandamento
Mais um verso se põe no firmamento
Como nuvem de chuva ao trovejar
Corre um rio caudaloso até o mar
Um poema navega em fantasia
Quanto mais eu escrevo poesia
Mais a fonte não para de jorrar.
Quando vem um mau tempo a maresia
Que a vida nos traz num sofrimento
Quando o barco da vida num momento
Tem a vela rasgada em avaria
Tomo o leme dum verso e há calmaria
Sopra a brisa dum poema em meu pensar
Entre um mote e uma glosa o limiar
Vem a rima com grande fantasia
Quanto mais eu escrevo poesia
Mais a fonte não para de jorrar.