De motivos.

Eu queria ter uma bomba.

Talvez minha alma se aquietasse

e segura, então ela se ouvisse

então pura, ela seria a sombra.

A sombra que preciso para observar;

A sombra necessária para ventilar;

A sombra imprescindível para torrar

todos os motivos para desesperar.

Eu queria ter uma bomba.

Talvez minha alma falasse

e a secura de agora cessasse,

então pura, ela seria um mar.

Um mar de ilusões a se desenhar;

Um mar de sonhos a desmoronar;

Um mar utópico para materializar

todos os motivos para acreditar.

Eu queria ter uma bomba.

Talvez minha alma explodisse

e a loucura enfim se instalasse,

então pura, ela seria meu lar.

Um lar doce para descansar;

Um lar sólido para caminhar;

Um lar vivo para testemunhar

meu único motivo para detonar!