E viva ainda estou
Parece que estou a enfrentar um gigante
Muitas tormentas já me abateram
Levantei de volta e segui em frente
Mas essa...
Por mais que eu ganhe algumas guerras,
No fim das contas, são apenas guerras,
Ela sempre volta a me afligir
Parece-me que estou sozinha a pelejar,
Contra todos do outro lado, a defende-la
Sinto-me só.
Falta-me clareza para discernir as coisas,
Os amigos dos adversários,
Adversários ocasionais dos permanentes opositores
Tamanha a dor que sinto.
Não tenho nem sequer um amigo confidente
A quem chore minhas agruras,
Sinto-me desfalecendo...
Mas não...lutarei, mesmo que precise rastejar,
Lutarei.
Não aceitarei de bom grado tal enfado,
Pois que viva ainda estou, então pelejarei
Ainda que sozinha.
Deixarei ao tempo o encargo de mostrar aos antigos amigos
Quem de fato sou e a dor que hoje sento.
Mesmo sozinha, ainda não estou vencida.
Só se termina quando se morre.
E viva ainda estou!
Então lutarei.
Pois não é a vida nada mais que uma eterna peleja
Contra e por tudo que se há no mundo.
Quando conquistas a vida, ganhastes o direito de pelejar.
Então, aceito de bom grado minha batalha.
E como boa guerreira, não há em mim lugar para fraquezas.
A vida é bela, porque sou afligida por estar viva
Não numa vida qualquer, apagada ou escondida,
Mas numa radiante aparição humana que transforma sua volta
E isso incomoda! A se incomoda...rsrsrsr
By: Marta Almeida - 11/11/2015