PÁGINAS VIRADAS

O sol brinca no tapete da sala.

E meus olhos se distraem

No encanto destas horas.

O meu estro, então, se alastra

Em sonhos de doces mantras:

Nos arrebóis carmesins,

Nos crepúsculos de saudade

E nos remansos das estrelas,

Onde fluem momentos findos

De amores postergados.

Na imensidão dos sentidos,

Vem-me à mente, agora apaziguada,

As páginas viradas do livro da memória.

Numa atmosfera gélida e triste,

Trago resquícios de nostalgia alada

E a consciência de ter amado

Sem ter percebido o amor.

Assim, manuseando a saudade em afasia,

Tenho, hoje, as mãos vazias.

Antenor Rosalino

Agradeço penhoradamente à poetisa

Simplesmente Romântica, pela interação

abaixo, que muito me honra.

DOCES MEMÓRIAS

Aos olhos cansados, páginas revirantes

Do imenso livro da memória, rolando,

Rolando, ao sabor do tempo e em instantes

Me dou conta, a vida se foi por encanto...

E agora, entre cantos e desencantos

Observo minhas mãos, tão vazias!

Não conseguiram reter sonhos, tantos

Que, incompreendidos, se tornaram afasias...

Vislumbro, no brincar do sol no tapete da sala,

A mesma sala hoje, que já foi de outrora

Porque cenas assim, se repetem por escala,

Entre sonhos, arrebóis e crepúsculos de saudade

Momentos de nostalgia que seguem a aurora

No recordar amores idos, adiados, pura maldade!

Simplesmente Romântica

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 26/09/2015
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T5395171
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