GUERRA
O homem sobe com seus artefatos carregados no avião
Está vestido preparado para a guerra
Os soldados marcham em direção ao campo de vingança
Desfilam numerosos mas exatos
Revestidos de uniforme bota e capacete
Fuzil nas costas e o semblante impassível
São muitos
Vem pelos mares disfarçados de baleias
Ou pelos ares em vistosa força aérea
Invadem as terras dos campos trabalhados
E as montanhas não são mais do que barreiras
Surgem dos pântanos envoltos em água e barro
Cercam a área do inimigo declarado
Se fecham
Enfrentam ao outro com a fúria na garganta
Ateiam fogo nas mulheres e crianças
Encostam a arma no suor frio do pavor
E fecham a alma para a própria consciência
Eles são muitos os que se estranham no olhar
Que não conseguem se encarar um frente ao outro
Que seguem cegos ao comando abjeto
Do vil demônio que observa soberano.