Um livro como Arma

Quem não trabalha não tem casa

A politica e os vagabundos

A rua, um canto do mundo...

A condição da alma é a luta pela sua existência. Seu corpo como sua morada.

Dormimos ao lado da avenida do Estado

Ouvindo carros, somos concretistas

Pietistas, quem correm a trás das sirenes

( Eu buzino logo existo... )

O mundo não foi feito para os mendigos.

Que a sociedade, passe como um cego que caminha no abismo.

O mundo sem miséria é a imaginação das crianças

De um individuo eleito sujeito de suas possibilidades, tendo a vida como seu único bem, sua dignidade operante.

O que eu não sabia é que havia mendigos poetas na rua...

Penso como o segundo da porta do metro que se abre

Escrevo como um homem deitado no colchão no viaduto

Perante aos bancos no terminal do ônibus dos surdos

Sou apenas um transeunte no liminar do interdito.

A poesia é uma arma contra as misérias do corpo

É preciso armar a população, um livro como arma!

O corpo esse carro, precisa de sonhos pra viajar

E o homem esse animal tem fome

Ele quer ser, falar, escrever, dançar e voar.

( Poeta das Almas )

De Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 12/03/2014
Reeditado em 07/04/2014
Código do texto: T4725926
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