Ai que saudades de mim.
Ai que saudades
Dos risos fáceis
Da vida despreocupada
Onde não precisava
provar nada para ninguém
Onde as pessoas não me estudavam
Como se fosse possível me descobrir
Onde eu era apenas eu
Simples e descomplicada
Ah! que saudades
Dos amigos sinceros
e simples de entender.
Hoje me joguei
em meio a uma selva de pedras
onde gritar é alerta de perigo
Onde as pessoas reclamam de tudo
Onde ninguém tem paciência
Onde o ser e o ter
Vem em primeiro lugar
A que saudade da minha ingenuidade
onde eu não analisa respostas dadas
Onde tudo era viver
simplesmente viver
Hoje nesta selva
Na prisão de mim mesma
Clamo por socorro
Mas meu grito é mudo