Sou MULHER

Uma mulher é realmente safada?

Somos certinhas ou demoníacas? É sempre uma coisa ou outra?

Sou mulher. Apenas isso.

E olha que já é muito.

Não existe a certinha, ou a safada, a séria, a elegante, ou a moleca,

[desleixada.

Sou apenas isso: mulher.

Isso contempla tudo.

Mas fui educada para ser qual parte de mim mesma?

A certinha? Rebelei-me e assumi apenas meu eu safada, torta?

Não sou nem uma coisa nem a outra. Sou tudo

Pois ser mulher contempla tudo.

Mas pense... eu ainda ‘criança’ e já mulher

Meu corpo todo fervendo.

Acharam socialmente mais fácil educar-me na repressão

Pois já sou e mal sei quem ou mesmo como.

Então, não sei como me comportar.

Falar de sexo o tempo todo me faz safa, safada, mais desejada, experiente?

Não!

Apenas mostra o quão boba eu sou

E o quanto desconheço de mim mesma.

Dizem que a sonsas são as piores...

Será mesmo? E por quê?

Por que elas sabem que não precisam mostrar para o mundo todo

Sempre todos os seus lados?

Por que elas sabem usar seus lados mais ‘escuros’ e sombrios’ em segredo,

Sem se expor?

Quem disse que para ser gostosa é preciso se mostrar ‘safada’?

E quem disse que as certinhas são somente isso?

Mulher é a criatura mais completa e complexa

Culturalmente criada sempre para ser somente uma parte de si

Orientada a reprimir dosas as demais.

Isso ela faz somente até crescer

[E idade nada tem a ver com esse crescimento]

Na pós-maturidade ela sabe definir o que

E quando vai expôs

E quais partes vai guardar para curtir com pessoas especiais

Ou se simplesmente vai assumir todo o seu ser publicamente

E deixar de lado as regras sociais

Sem perder de vista que ela tem direito adquirido

De ser tudo aquilo que há dentro dela

Nada de reprimir!

Basta somente a maturidade necessária para usar e apreciar.

Uma mulher apenas se descobre MULHER quando ‘cresce’.

Então ela vai saber desfrutar, com total profundidade,

De todo o seu ser, sem desejar se exibir,

Então, ela apenas será A MULHER.

Qualquer aparente exibicionismo será excesso de confiança.

Marta Almeida
Enviado por Marta Almeida em 03/12/2013
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