GRITO POR IGUALDADE

GRITO POR IGUALDADE.

José Ribeiro de Oliveira

Eu não sou lá da ilha/

nem bem conheço o mar/

porque só suas tormentas/

se desviam para cá?

Quanta brisa e encanto/

esbanjando o teu céu/

mas não notas meu pranto/

que esconde o teu véu/

E os gritos que entoam/

pelo silêncio da noite/

denunciando o açoite/

não lhe chegam aos ouvidos/

urram pobres esquecidos/

já vivendo o seu morrer/

das sobras sobrevivendo/

espera, mesmo sofrendo/

um dia resplandecer/

E as lágrimas que rolam/

sob a tua indiferença/

são movidas pela força/

de uma lúcida consciência/

a resistência da áurea/

pois a alma já se foi/

esperando que um dia/

um novo olhar de esperança/

venha trazer redenção/

sem ódio e sem rancor/

resgate toda pujança/

e replante a esperança

nesse povo sofredor.

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 24/08/2013
Reeditado em 25/08/2013
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