Sob as benesses dos vinhos.

 

Estás aí pelas existências, 

Na vida protagonizando aprontos, 

Na solidão clamando clemências, 

Nas noites embalando encontros.

 

Estás nos cálices e nas taças,

Na celebração de amigos e casais,

No exórdio, momentos de graças, 

No brindar dos deuses e mortais.

 

Estás nas almas agradecidas, 

Nas alegrias dos gols da vitória,

De quem perde és dose merecida, 

Pelas ações infelizes e inglórias. 

 

Envelheces nos barris das eras,

Precipitas pelas faces das horas,

Tornas realidade, as quimeras,

És vinagre se o sonho não vigora. 

 

És buquê de aromas e sabores,

E essência no jantar à luz de vela,

És motivo e incentivo dos amores,

Do prazer que nos encontros se revela.