O tempo só se entende, durante a conquista daquilo que se pretende.”
Filosofar sobre o tempo, o tempo todo, sob o passar do tempo e naquela cadeira de balanço tomar assento…
Introspectivo, entre o arfar dos ventos, que põem em movimento, os pelos das grisalhas barbas do envelhecimento… e se perder entre alentos e desalentos, entre mortes e rebentos, ao reviver retóricos pensamentos, o abrigar-se nos relentos, os fracassados juramentos.
Chega a ser intrigante… nada é mais como dantes, no quartel de Abrantes.
Dos pães embrulhados e amarrados com barbantes, deixados com o leite na janela, à mercê dos passantes. Hoje são fitas colantes, empacotamentos à vácuo, de tudo, isolantes.
Filosofar sobre o tempo e seus rompantes, no piloto automático, velocidade constante, que jamais ultrapassa os instantes…
Então a velocidade de cruzeiro, ao navegante, para segurança é interessante, às vezes monótona, a tornar-se entediante.
O tempo é irreverente, há tempo frio, há tempo quente, o tempo se avoluma ou se apequena, na mente profusa e confusa da gente…
O tempo é a disciplina que com ele mesmo se aprende.
O tempo é qual o inconsequente vento, abrevia bons eventos, em brevíssimos momentos.
O tempo pode-se contar pela vela que se acende, pelos amores que te prende e por quanto tempo o belo sentimento se estende…
Mas, afinal, o que é o tempo? Depende... a verdade é que o tempo, até a tecnologia surpreende.
O poeta disserta que o tempo é o pai da ansiedade, nele revela-se a verdade,
O tempo é o outrora, o agora, o enigmático e ansiado, incontrolável porvir,
O fim do que se foi, o “iter” do que é, mas o eterno subalterno dAquele que há de vir.