Eu passarinho

Eu passarinho preso na gaiola

Perdendo a dimensão

De quantas grades externamente

Prendem o meu interior

Desvia o meu destino

Que sempre foi voar

Desbravar, aventurar

Liberto, libertar-me

Sou passarinho na gaiola

Aberta

Ganhando a dimensão

Do vento lá fora

O passarinho sente

Quando é hora de bater as asas

Descobre que a gaiola nunca teve portas

Somente decisões

Que o único obstáculo

Não eram grades

Mas cada uma delas

Tinha um nome próprio

E corrompia de uma forma

Eu passarinho

De asas abertas

Sinto o vento passar

E em cada pouso de minhas asas

Sou eu a partir

Antes de me acostumar

Ou fui feito livre, para ir

Para voar

Ou serei eu unicamente

Dono da escolha

De permanecer e ficar

Yara Duarte
Enviado por Yara Duarte em 15/03/2022
Código do texto: T7473182
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