Eu passarinho
Eu passarinho preso na gaiola
Perdendo a dimensão
De quantas grades externamente
Prendem o meu interior
Desvia o meu destino
Que sempre foi voar
Desbravar, aventurar
Liberto, libertar-me
Sou passarinho na gaiola
Aberta
Ganhando a dimensão
Do vento lá fora
O passarinho sente
Quando é hora de bater as asas
Descobre que a gaiola nunca teve portas
Somente decisões
Que o único obstáculo
Não eram grades
Mas cada uma delas
Tinha um nome próprio
E corrompia de uma forma
Eu passarinho
De asas abertas
Sinto o vento passar
E em cada pouso de minhas asas
Sou eu a partir
Antes de me acostumar
Ou fui feito livre, para ir
Para voar
Ou serei eu unicamente
Dono da escolha
De permanecer e ficar