Morte em vida, mas não é Severina...
Me sinto morta, não morta de tudo, talvez...
Não penso na vida, nem a morte eu temo
Estou parada na encruzilhada da vida
Tentei me esconder do sol que nascia
Tentei ver as luzes no breu da noite, mas luzes não via
Não via o sol que nascia
Não via as estrelas caindo do céu
Não via a lua que brilhava
Não via a mim...
Agora me vejo perdida, tentando encontrar o caminho de volta
Não volto para a vida, eu sei, estou morta
Não morta de tudo, há vida em mim
Ainda sinto o perfume das rosas
Ainda sinto o cheiro da terra molhada
Ainda sinto os desejos da vida que eu tinha
Ainda sinto bem forte as angústias no peito
Ainda sinto os anseios
Ainda me lembro dos sonhos que eu tive
Há vida em mim, estou viva
estou viva, me sinto viva assim...
Espero acordar amanhã
lembrando de um sonho ruim que eu tive
Espero acordar, porque durmo
e ouço a vida passar
Espero a vida de novo
porque sei que não morro
não morro de tudo, há vida em mim