A OUTRA FACE DO HOMEM

Que terra é esta a nossa,

Pergunto-me cada instante.

Ser feliz, talvez se possa.

À noite, fica-se em casas,

Já não mais é como antes,

Sair às ruas, pisar em brasas.

Não se respeita à vida,

Daquele que é transeunte.

Ficar ou sair, decisão sofrida.

Já vivi a boa liberdade,

Os meus filhos desconhecem.

Por temerem a crueldade.

Oh! Se o homem estendesse,

Que a terra é o paraíso,

Quem sabe, feliz vivesse.

Espero que os homens um dia,

Refaçam todo o caminho,

Daquele que a terra, nos confia.

Rio, 21 de outubro de 2007.

Feitosa dos Santos