VAZIO

Não é à-toa

Que o silêncio me atordoa!

Penso no que foi feito de tudo

Por mais que eu queira

Nada mudo.

Aos quatro ventos do mundo

Minha voz perdeu o eco

Da distância o oco

É o rumo do poço

Sem forma, sem fundo.

Nem gemidos, nem alaridos!

Apenas ouço,

Gota a gota

A dor derramada

Na rota madrugada.

Um lenço minha face cobre

Suspiro triste como um dobre

Solitude e desventura

Se destroçam e se devoram

Mas no mundo nada mudo.

( A cegueira onde ver é pensar...)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 08/07/2020
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