VAZIO
Não é à-toa
Que o silêncio me atordoa!
Penso no que foi feito de tudo
Por mais que eu queira
Nada mudo.
Aos quatro ventos do mundo
Minha voz perdeu o eco
Da distância o oco
É o rumo do poço
Sem forma, sem fundo.
Nem gemidos, nem alaridos!
Apenas ouço,
Gota a gota
A dor derramada
Na rota madrugada.
Um lenço minha face cobre
Suspiro triste como um dobre
Solitude e desventura
Se destroçam e se devoram
Mas no mundo nada mudo.
( A cegueira onde ver é pensar...)
T@CITO/XANADU