Poesia em Vale Perdido
Ler e recitar poesias, é relativamente fácil;
Difícil é a obstinação e vigor dos músculos das pernas e o sossego da mente, escrever a poesia:
De cumes pontiagudos tocando sutilmente a leveza do céu azulado;
Onde a envergadura de asas sobrevoam a solitude;
De casinhas coloridas soterradas pelo verde das matas;
Onde as lufadas de ventos penteiam as cabeleiras das copas das árvores;
De estradas de terra batida interligando sonhos vívidos;
Onde ecoam os martelares das Arapongas, replicado pela sinfonia gorjeada da passarada.
A pergunta que assanham os músculos das pernas e aquietam os neurônios, é:
"Vale Perdido, ou Belo Vale Achado; ou a fusão de Paz e Harmonia, em ambos"?
Perdido em devaneios pelas belas vistas,
De uma Natureza prodigiosa,
Ao longe vistas,
A olhos nus.
A tarde vai-se rubro, alaranjando;
a noite vem chegando mansamente na paisagem que se encerra.
No alto, a lua está aposta para o plantão.
Continuidade do dia. Luminosidade azulado / clarão.
Pulmões e corações desfalecem por aí;
Respiram e pulsam
Sangue, suor, oxigênio e Vida,
Por aqui!
Cartão postal imagético que da mente,
jamais apagará.
Pois, a alegria aparente é efêmera,
E o suor derramado da conquista,
Exala o perfume da eternidade.
Que o gélido orvalho serenado do inverno dos cumes, abracem, aqueçam,
Incendeiem, inquietem os sonhos de corações apagados.