SENTENÇA

Caminho devagar

Levo meu corpo onde vou

Pesado fardo ao sol

Silhuetas de sombras no pó.

Rápido procuro voltar

Espero as horas e os minutos

Trazerem a noite calma

E com ela o silêncio.

Na quietude as verdades

respiram com mais facilidade

De tanto ser, o tempo se oculta

Em ramagens de poemas.

Cantiga de anos intensos

A memória guarda

A solidão recorda

Nítidas lembranças.

Meus ouvidos se fecham

Posiciono-me na janela

Forjando asas

Para impossíveis vôos.

Tanta esperança

Na liberdade de um vôo

Para longe de tudo

Que leve também meu corpo.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 18/05/2020
Código do texto: T6950597
Classificação de conteúdo: seguro