SENTENÇA
Caminho devagar
Levo meu corpo onde vou
Pesado fardo ao sol
Silhuetas de sombras no pó.
Rápido procuro voltar
Espero as horas e os minutos
Trazerem a noite calma
E com ela o silêncio.
Na quietude as verdades
respiram com mais facilidade
De tanto ser, o tempo se oculta
Em ramagens de poemas.
Cantiga de anos intensos
A memória guarda
A solidão recorda
Nítidas lembranças.
Meus ouvidos se fecham
Posiciono-me na janela
Forjando asas
Para impossíveis vôos.
Tanta esperança
Na liberdade de um vôo
Para longe de tudo
Que leve também meu corpo.
T@CITO/XANADU