Felicidade
Amo-te, e amando-te, não posso negar.
corrompe-me, e traz a luz
convoca-me a beira do abismo para que repouse em seus braços.
deleita-te na plenitude do meu ser, que contempla teu ser sem cessar
unge meus pensamentos de pureza, ó musa dos meus sonhos de liberdade.
tua presença sem igual, me indica com clareza o caminho,
põe na minha boca palavras, mestra minha.
compõe comigo a sinfonia da existência,
dignifica meus atos
fortalece minhas obras, amadurece meus frutos.
doce é o mel do seu sorriso, flor noturna.
tua essência, minha vida.
sua ida, despedida.
contempla os altos montes, moradas dos deuses,
e faz delas teu espelho.
ainda que eu ande por caminhos de pesar,
brilhas para mim como aurora boreal.
és bela, és lúcida, és vívida.
o que me destes, te devolvo setenta vezes sete
nas estrelas nasce a luz, nasce a vida, nasce o amor que sinto
se vives sou grato
em seu pranto sinto saudades de um tempo que ainda não chegou,
nostálgico e em lágrimas
recolho as pretensões
revestido e dignificado
encontras morada aqui
para o corpo e para a alma
(Amém).