VIVA A POESIA!
Novo riquísmo,
Bem aprumado,
É despotismo
Mui refinado.
Gravata e lenço,
Ao pescoço,
Parece um penso,
Na boca do moço.
Carro à porta,
Ébrias noites,
Falta a retorta
E uns açoites.
Muitos estudos,
Pouca ciência,
Vértices mudos
Sem inteligência.
Falta de nexo,
Versar pueril,
Têm do sexo
O seu redil.
Não respeitam nada,
Neo fascistas…
Saem da sacada,
Anti socialistas.
Há muitos por aqui,
Como esses outros,
São poetas, sim,
Releitura doutros.
Doutores e afilhados,
Poetastros do não,
Missa e finados,
Honrando tradição.
Onde está o povo,
Onde a nossa voz,
Onde o mundo novo,
Do mar a foz?
Viva a poesia!
Viva a luta!
Hoje é dia
De nova disputa.
Jorge Humberto
04/09/07