Lençol de areia
O sabre nas mãos do guerreiro, é fina lâmina cortante pelo fio amolado num sábio manuseio na agilidade adquirida atravessando desertos de mistérios e solidão.
Ao adentrar as cortinas do Saara, ele passa pela suportação da sede até onde possa aguentar,pois sabe que cada gota,é um momento a mais para sua vida e assim,torna-se forte em busca do oásis que não seja miragem daquelas que turva a visão e engana o simples viajor na jornada.
As estrelas, servem ao guerreiro como linhas desenhadas da rota a seguir.
O frio da noite aquece a alma dos que sabem quão importante se faz o prosseguir.
E,mesmo que venham as tempestades de areia sobressaltar sobre seu caminho,ele sabe e sente que ela ira passar, e respeita esse fenômeno natural,pois sabe que a natureza tem suas formas de expressões, e a estas se deve todo cuidado,atenção e sagrado compreender.
Mira ao longe,o despertar do sol, como se fosse um farol de fogo em forma arredondada,sustentado pelas mãos do criador de tudo que os olhos atentos contemplam como vida.
Calado e só, faz uma oração, num balbuciar de palavras tangidas ao Vento,lançado no lençol de areia que o escuta e eleva aos céus,até onde sentado e vigilante, está o criador de todas as coisas que habitam o firmamento; e o deserto do guerreiro,portador, zeloso e guardião do sabre cortante,que carrega por todas as suas abençoadas e intermináveis jornadas.