VERSO OU PROSA
Chegando a uma certa idade, decorado o alfabeto,
Tabuada, catecismo, códigos e outras regrinhas,
Novos feitos e façanhas ficam pra filho ou pra neto,
Só cuido do dia a dia e das coisas muito minhas.
É a lei da evolução para qualquer criatura,
Não tem graça ser um rei, sem súdito ou território,
E se tombar de maduro, ninguém atenta ou segura:
Desaba devagarzinho, sem manchete ou foguetório.
Mas de teimoso resisto, pois tem coisa boa à vista,
A gente inventa o prazer e uma vida bem gostosa,
Só me respeitem limites, por favor, não mais insista,
Sigo na trilha do verso ou do rumo desta prosa.