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Definha a semente
Do medo
Que a morte nos planta
No peito
Cresce a liberdade
Se abrasa
Palpita na ponta
Das asas
Se expandem as fronteiras
Da mente
Desperta o desejo
Latente
As coisas parecem
Mais claras
E as mais costumeiras
Mais raras
A dúvida é fonte
De angústia
Mas quebra correntes:
Deguste-a.
Enxote a certeza
Que for
Não cuide que domas
O amor
O amor é um bicho
Selvagem
Nem cabe na própria
Linguagem
Jamais te descuides
Do agora
Em troca de vidas
Futuras
O medo é amigo
Da morte
E a vida nos torna
Mais fortes
Definha a semente
Do medo
Que a morte nos planta
No peito.