Sabotando o rancor
O desespero já não toma posse de mim
Como o choro se apodera da alma triste
Escolhi cavar o meu ser
Encontrar velhos e preciosos antídotos
Contra um ciclo covarde
Ávido por poder
Vaidade, cupim do bem comum
O rei na na barriga já não possui mais coroa
O modo de dominação sofreu um duro golpe
O recuo da maré
O chicote que açoitava a minha mente
Já não faz a minha esperança sangrar
Na verdade, quem o segurava
Hoje já não tem forças para segurar
O chicote
A pá
Aquela que me ajudou a recomeçar
Agora buscam restos mortais
Da sua própria arrogância
Os seus esqueletos, fugiram do armário
Em fuga da sua própria avareza
Já não possui alma
Muito menos passado
Mas quer saber?
Nem eu vou me lembrar
Do seu sermão abastado
O brasão da humilhação
Carreguei no meu pescoço
Me fazia pensar em fardo eterno
Transformou-se em amuleto
Contra o rancor
Este que não será um hábito.