Sabotando o rancor

O desespero já não toma posse de mim

Como o choro se apodera da alma triste

Escolhi cavar o meu ser

Encontrar velhos e preciosos antídotos

Contra um ciclo covarde

Ávido por poder

Vaidade, cupim do bem comum

O rei na na barriga já não possui mais coroa

O modo de dominação sofreu um duro golpe

O recuo da maré

O chicote que açoitava a minha mente

Já não faz a minha esperança sangrar

Na verdade, quem o segurava

Hoje já não tem forças para segurar

O chicote

A pá

Aquela que me ajudou a recomeçar

Agora buscam restos mortais

Da sua própria arrogância

Os seus esqueletos, fugiram do armário

Em fuga da sua própria avareza

Já não possui alma

Muito menos passado

Mas quer saber?

Nem eu vou me lembrar

Do seu sermão abastado

O brasão da humilhação

Carreguei no meu pescoço

Me fazia pensar em fardo eterno

Transformou-se em amuleto

Contra o rancor

Este que não será um hábito.

Paulo Moraes
Enviado por Paulo Moraes em 04/11/2015
Reeditado em 05/11/2015
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