FÊNIX
Era o fim da linha, o fim da luz. Perdido em si mesmo
Pouco a pouco foi-se afundando sem mais medo
O vazio era o que te preenchia
Todo o resto era monotonia
Nada mais importava, nada mais fazia sentido
Não havia mais nada que pudesse passar esquecido
O simples era complexo, o fácil tornava-se difícil
Então, depois do apagar de todas as luzes, ele entendeu tudo isto
Foi dentro de sua própria escuridão que encontrou a luz
Foi depois de está afogando-se que viu o que o conduz
Não era falta de ar, não era falta de espaço
Não era falta de amor ou algo que precisasse reatar o laço
Não era falta de organização ou a possibilidade de uma mente no espaço
Era apenas seu EU, que adoeceu ali dentro
Foi depois que todas as luzes se apagaram e que o silêncio reinou
Que finalmente o seu velho EU reencontrou
Ali mesmo, naquele vazio intenso e sombrio
Com uma pele flácida, gélida por aquele ambiente frio
Foi então que viu que, ele poderia ter ido até o outro lado do mundo
Que solucionar seu problema seria um impossível absurdo
Foi somente quando tudo mais já não importava
Que finalmente achou a sua estrada
Com lágrimas no rosto foi assim que olhou para si mesmo
Envergonhado por ter matado aos poucos seu EU em segredo
Com pedidos de desculpas ao Eu, ele lentamente abriu os olhos
Secou-lhe as lágrimas e mostrou com um ato simplório
Que não adianta matar a si mesmo em busca de um caminho
Pois no meio da estrada ou no final você sentirá-se sozinho
Que nada mais te preencherá, que nenhuma pessoal te acalmará
Pois tudo será uma terra sem ar
A vida é isto, viva, sonhe, busque
Mas faça um favor a si mesmo, jamais se ofusque
Deixe seu eu viver
Deixe as fases acontecer
Planeje,mas prepare-se para o pior
Desta vida somente Deus e seus pais, de você tem dó
Pois como já diz um ditado: "QUEM VIVE PARA OS ELOGIOS DO MUNDO, MORRERÁ PELAS SUAS REPREENSÕES."
A vida é uma estrada de altos, baixos, razões e emoções.